10 de dezembro de 2013

Tulipas, ouro e bitcoin


O aumento de preço dos bitcoins no espaço de 2 anos até aos 1000 dólares aumentou uma loucura especulativa geralizada onde as pessoas compram na esperança de vender mais caro passado um tempo.
As bolhas especulativas tarde ou cedo acabam por rebentar. Em 2011 o Bitcoin desceu de 33$ para 1$. Depois de alcançar os 900$ o preço desceu para metade. Para criar uma bolha é necessário investidores sensatos no meio de outros insensatos para que estes comprem o "produto" por um preço mais alto.
Se retrocedemos á Holanda do século XVII encontramos uma situação parecida com a "Tulipamania" onde uma especulação elevou os preços dos bulbos de tulipa a um preço exorbitante, criando uma Bolha e uma posterior crise econômica e financeira. A insólita procura de Tulipas levou a um aumento louco dos preços e motivou a opção de futuros e opções de compra sobre elas.

Casas foram empenhadas para comprar tulipas e muitos pobres tornaram-se ricos e ricos tornaram-se ainda mais ricos. Em 1635 um bulbo de Tulipa chegou a custar o equivalente a 24 toneladas de trigo. Em Fevereiro de 1636 a bolha estalou, todos queriam vender e ninguém queria comprar. A bancarrota afectou todas as classes sociais. O sector das tulipas viu-se repentinamente numa quebra absoluta.

A bolha do bitcoin diz-nos tanto sobre o valor desta moeda como aconteceu com as tulipas no mercado de flores no século XVII. O analista financeiro David Birch acredita que a economia está perto de uma mudança radical e a culpa é da internet. Birch acredita que o bitcoin é um excelente método de fazer transacções pelo seu carácter anônimo e pela facilidade de utilização.

Neste sentido serviços como o Paypal ou cartões de crédito estão a ceder terreno. Alguns partidários da moeda comparam-na com o padrão ouro: o conceito de que as moedas devem estar valorizadas em minerais preciosos e não por bancos centrais que imprimem dinheiro.

Muitos economistas fazem a mesma analogia ao bitcoin, por essa razão se chama mineiros aos utilizadores que usam os seus computadores para resolver equações matemáticas e manter em funcionamento o sistema do bitcoin.
Como resultado recebem bitcoins em troca: chamam-lhe extração. Outro factor comum ao ouro é a oferta limitada de 21 milhões de unidades.

Enquanto uns profetizam o bitcoin como a moeda do futuro pela flexibilidade que oferece, outros não são  tão optimistas e dizem que o facto de a moeda não ser controlada por nenhuma instituição financeira vai impedir o uso generalizado.

"As economias funcionam melhor quando existe uma política monetária guiada" disse o sub-chefe do banco central inglês, numa conferência sobre o uso de bitcoins. "Isso vai fazer com que o bitcoin nunca passe de uma alternativa ao dinheiro controlado pelo Estado.

Mesmo assim, Bernankle, ex-presidente da Reserva Federal dos Estados Unidos acredita que algumas moedas virtuais tem riscos mas que podem ser um bom investimento a médio prazo.

Fonte: RT

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